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É Bronquite ou Asma?

Por Dr. Dorian Domingues

A asma brônquica (atenção, leitor: não existe bronquite asmática) é uma das doenças crônicas mais comuns do mundo, juntamente com a hipertensão arterial (pressão alta), diabetes (açúcar no sangue) e dislipidemias (colesterol alto). Mas tem uma diferença fundamental: a asma já se manifesta na infância.

No caso da asma, ela é crônica, mas não necessariamente degenerativa: vai depender da abordagem precoce e adequada da doença. Ninguém merece viver chiando. A asma brônquica é um processo inflamatório que gera hiperreatividade das vias aéreas com variáveis graus de broncoespasmo e dispneia em seus portadores (em medicinês). Isso quer dizer tosse, chieira e cansaço (falta de ar), principalmente após esforços súbitos.

A doença varia de pessoa para pessoa. Os fatores desencadeantes são vários, mas alguns são sempre comuns: infecções respiratórias (resfriados, gripes, sinusites), inversões climáticas, poluentes ambientais (mofos, ácaros e cia, derivados de benzeno, fumaça – principalmente de cigarro) e mesmo alimentos (alergia à proteína do leite de vaca é o destaque, mas também ovo, soja, amendoim, corantes…).

Por conta do acúmulo de secreções, as pessoas asmáticas têm mais infecções respiratórias que demandam antibióticos. Mas isso não quer dizer “imunidade fraca”. Pelo contrário, é excesso de reatividade.

Muito importante: os asmáticos são grupo de altíssimo risco para gripe e suas complicações, entre elas pneumonias. Fique de olho nas vacinas contra gripe e pneumococos da rede privada (as do SUS são incompletas).
Se não adequadamente prevenida e tratada, a asma pode trazer limitações à qualidade de vida. Mas prevenção é o que não falta: 10% das pessoas são asmáticas. E o que mais tem são remédios para a doença. Inclusive, distribuídos pelo SUS.

Além das práticas preventivas (alimentação saudável, não-exposição a poluentes), há várias medicações, de uso oral ou inalatório, geralmente muito eficazes no controle das exacerbações das crises. Cada caso é um caso, e a prescrição deve ser feita de forma individualizada, de acordo com a asma de cada um. Em casos extremos, há vacinas (imunoterapia – mas isso é assunto para o nosso alergista, o Dr. Renato Camilo).

A gente (sim, eu sou um) nasce e morre com asma, mas não precisa viver com asma, nem morrer de asma! Não fique chiando por aí. Marque a sua consulta. Na Clínica da Criança e do Adolescente a gente sabe tudo sobre asma, suas complicações e prevenção!