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Mamãe, meu coleguinha é uma criança diferente

por Clínica da Criança e do Adolescente
04/03/2024

Diversidade e integração são as palavras da hora, e esse processo de inclusão começa em casa. Os pais precisam conversar com os seus filhos sobre as questões que eles vivenciam de forma clara e carinhosa. Para que isso seja feito de um jeito leve é importante que os adultos também busquem o conhecimento necessário, seja pesquisando  por meios próprios, buscando orientação junto à escola ou até conversando com os pais da criança atípica.

Apesar de normalmente o foco seja falar sobre as limitações, o mais importante é entender as suas habilidades. Se o seu filho convive com uma criança atípica, é importante falar sobre paciência, em respeitar o tempo do colega e a observar as coisas pelas quais a criança possui interesse. Esses ensinamentos valem para todas as demais crianças da sala e  motivam o desenvolvimento de diversas habilidades fundamentais para o aproveitamento escolar.

Evite falar que a criança tem um “problema”.  As crianças atípicas possuem um padrão diferente de interpretação da realidade, e ao se abrir para compreender o mundo pelo olhar delas seu filho pode abrir diversas portas internas que irão trazer novas experiências e aprendizado .

Existem diversos tipos de crianças atípicas, então aguce a sua curiosidade e vá atrás de informação, para poder criar um ambiente interessante e acolhedor para o seu filho e os demais colegas de sala.

Quando o seu filho lhe trouxer perguntas sobre o comportamento de uma tal criança  evite responder resumidamente o que você sabe (por exemplo: “ele tem Síndrome de Down” ou qualquer outro tipo de diagnóstico).  Faça perguntas junto com ele: e ele é legal? Você sabe se ele gosta de música? O que ele gosta de comer ou de fazer? Você já perguntou a ele se você pode ajudá-lo em alguma atividade específica? Dessa forma você vai inserir a vivência da diversidade entre as pessoas de uma forma natural para o seu filho.

Pode ser que crianças menores demorem um pouco para perceber que existe uma criança atípica, e mesmo sintam ciúmes porque elas recebem mais atenção. “Por que a tia a ajuda em tudo? Por que ela pode fazer a tarefa de um jeito diferente?” … nesses casos, você precisa apresentar ao seu filho o princípio básico da igualdade: tratar desigualmente aos desiguais.  E explicar que aquele coleguinha diferente às vezes não consegue realizar as tarefas sozinho , daí a necessidade da ajuda que o seu filho não requer. Mas cuidado aqui! Não condene o seu filho por também querer atenção, é natural. Apenas enfatize o trabalho importante que a professora realiza e diga a ele que ela está sempre atenta ao desenvolvimento dele também, só que ele já se vira melhor sozinho, daí não necessitar de tanto auxílio para realizar  as tarefas interessantes e desafiadoras que a tia lhe demanda. .

Por fim, para que a inclusão aconteça de forma verdadeira é preciso o empenho de todos: escola, crianças e pais, além dos aspectos mais amplos, que tangem às politicas públicas que favoreçam o desenvolvimento de todas as crianças atípicas de forma ampla, com acesso a serviços de saúde, acessibilidade e tantos outros recursos importantes para o nosso desenvolvimento enquanto sociedade.

Seu filho é uma criança atípica? Venha nos conhecer. Aqui a nossa tríade de psicologia, fonoaudiologia e neuropsicopedagogia está sempre unida nesse grande movimento de integração e inclusão!