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O autismo só aparece após os dois anos?

por Clínica da Criança e do Adolescente
04 de abril de 2023

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) ainda é um assunto que passa por atualizações constantemente, com muitas pesquisas sendo desenvolvidas, juntamente com as terapias direcionadas. Mas já há um consenso: estudos que indicam que os primeiros sinais de autismo podem ser observados antes dos dois anos.

Os grandes aliados dos médicos são os pais, pois são eles que começam a observar comportamentos que geram dúvidas nos primeiros 12 meses, como por exemplo:

  • A criança não olha quando é chamada pelo nome;
  • A criança possui baixa interação emocional com os pais;
  • Não há o compartilhamento de emoções, quando o adulto sorri a criança continua séria;
  • Dificuldade em manter uma interação olho a olho, ou a criança busca pouco o olhar do cuidador;
  • A criança não demonstra interesse pelas pessoas ao redor, prefere interagir com objetos;
  • Manifestação de desconforto ao toque físico, ruídos excessivos, mudanças de situação.

Caso você queira realizar alguns desses testes com o seu filho, é sempre importante estar com os dispositivos eletrônicos desligados, porque as telas e fones dispersam naturalmente a atenção das crianças (e também a nossa).

Existem muitos outros sinais que podem ser observados, relacionados ao desenvolvimento motor, ao desenvolvimento da linguagem, à forma de brincar, entre outros. É fundamental que o cuidador seja um bom observador e proporcione estímulos adequados para a idade, por isso buscar conhecimento, conversar com outros pais e observar outras crianças da mesma faixa etária são fundamentais para os cuidadores.

Mas por que então se fala em dois anos de idade como um marco importante para o diagnóstico? Simples: porque nessa idade alguns sinais começam a ficar mais aparentes, como dificuldade ou atraso na fala, dificuldade de socialização e questões emocionais desafiadoras. Além disso, entre 2 e 3 anos há uma poda neural, que é uma limpeza natural do organismo, havendo a morte de neurônios que ele não utiliza com frequência. Contudo observa-se que em crianças autistas esse processo pode ser mais extenso, levando à regressão de habilidades previamente adquiridas (por exemplo, a fala).

Enfim, o assunto é extenso e existem níveis de suporte únicos para cada pessoa autista, e nenhum caso é igual ao outro, mas existem consensos.

Buscar o atendimento especializado e multidisciplinar precocemente é fundamental porque, ao receber os estímulos adequados em tenra idade, aproveitamos a neuroplasticidade cerebral para o desenvolvimento máximo da capacidade da criança.

Aqui na Clínica temos profissionais especializados em crianças com TEA (fonoaudióloga, psicóloga e neuropsicopedagoga) que realizam terapias específicas e individualizadas para o máximo desenvolvimento integral das faculdades mentais e comportamentais dessas crianças.

Proporcionar conhecimento aos pais e os cuidados certos aos nossos pacientes é o passo mais importante para a melhor inserção dessas crianças na comunidade. Para nós essa é uma importante missão.

A Clínica da Criança e do Adolescente faz parte dessa campanha desde sempre.

Porque aqui cuidamos da saúde do seu filho desde 1996.